Nascido em 1946 em Taió-SC, mudou-se para Curitiba ainda jovem. Na capital do Paraná, formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela UFPR em 1970 em uma de suas primeiras turmas. Foi na universidade que encontrou Dilva, a mulher que se tornou sua parceira de vida e de trabalho e com quem se casaria em 1971.
Orlando iniciou sua carreira profissional em 1966 como estagiário dos escritórios de Roberto Luiz Gandolfi e Forte Gandolfi. Neste período participou da elaboração de inúmeros projetos e concursos, inclusive do projeto ganhador do concurso para a sede da Petrobrás no Rio de Janeiro, em 1966. De 1970 a 1973 trabalhou com Forte Gandolfi como arquiteto societário.
Com a dispersão do escritório Forte Gandolfi, Forte Neto reinicia seu escritório com Orlando e Dilva Busarello. Em 1993 o casal fundou seu escritório próprio, chamado de Slomp e Busarello. Mesmo em escritórios separados, o novo escritório continuou trabalhando em alguns projetos em conjunto com o escritório de Luiz Forte Netto.
Os projetos arquitetônicos de Dilva e Orlando marcaram fortemente a paisagem e a arquitetura de Curitiba. Entre eles estão o edifício Springfield, o Centro Executivo Everest, a sede da Emater, além dos marcantes edifícios residenciais do Alto da XV: MikareThá, Guadalajara e Saldanha da Gama. No Centro Cívico, são assinados por eles os edifícios para as Secretarias de Estado e os Edifícios para o Ministérios Público do Paraná – MPPR. O casal também foi responsável por importantes projetos urbanísticos e de paisagismo como o da Ciudad de Léon no México (não implantado), a orla de Caiobá-PR, o Jardim Botânico de Londrina-PR e também a Praça Osório em Curitiba, cujo playground incluía o famoso robô: curiosamente, este foi o primeiro projeto encomendado ao casal, encomenda feita por Jaime Lerner.
Durante sua vida, Orlando dedicou-se também ao serviço público. Foi Diretor de Planejamento do IPPUC nos anos 1980, período no qual desenvolveu um importante trabalho de planejamento: o PMDU – Plano Municipal de Desenvolvimento Urbano. O afastamento progressivo dos edifícios dos limites do lote e a reserva de áreas permeáveis foram algumas das normas urbanísticas implantadas por este plano para a sustentabilidade e melhoria da paisagem e meio ambiente para Curitiba.
Posteriormente, entre 1990 e 1994, foi Coordenador Geral da Comec, aonde coordenou a reestruturação do sistema de transporte coletivo da região metropolitana: os marcantes ônibus coloridos da cidade foram frutos de seu trabalho. Na Comec coordenou também o PROSAM – Programa de Saneamento Ambiental para a RMC. No IPARDES, mais tarde, trabalhou em conjunto com Vicente de Castro, Letícia Hardt, Rajindra Singh, Luiz Forte Netto, entre outros especialistas, para o Plano de Desenvolvimento Estratégico do Paraná – PRDE.
Orlando também foi professor na PUC-PR do curso de Arquitetura e Urbanismo de 1976 a 1993, contribuindo diretamente na formação de mais de uma geração de arquitetos.
Texto por André Nacli e Daniela Busarello - 2022
